quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O Tutu

A avó foi uma bailarina, mas que excelente bailarina. De pezinho em pezinho, de ponta em pontinha que pés tão delicadinhos.
Conta ela em história, os espectáculos que fazia, o nervosismo que sentia, as palmas que ouvia quando o pano se abria.
A avó descobriu um Tutu que a mãe tinha mandado fazer para ela.
SILÊNCIO!
Os panos abriram.
APLAUSOS!
- Mas que linda bailarina!
Lá estava a avó na primeira fila.
 Encantou. Brilhou.
Guardou todos esses momentos, para o resto da sua vida, guardando consigo o Tutu.

A avó deu o Tutu às gémeas. Elas ficaram deslumbradas, pois se, sentiram que era um tutu de verdade. Esta foi a expressão que elas tiveram, penso que por ser um tutu antigo e da avó, as levou a acreditar que sim aquele era mesmo um Tutu verdadeiro.
As gémeas nunca quiseram seguir no Ballet. Talvez não tenham aprendido a gostar da essência que é o ballet.
Preferem as aulas de ballet em casa, tomando elas a posição de professora e aluna, de espectadora e bailarina.
De manhã são Espanholas, à tarde Sevilhanas e à noite Bailarinas. Como que por magia tudo estivesse à sua volta.
Que mundo de fantasia.
Talvez quando tiverem uma filha, elas tenham o orgulho de aplaudir o Tutu da avó. Que o guardem sempre.
 Geração em Geração.




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